quinta-feira, 14 de maio de 2015

Paradigmas do jornalismo II



Paradigmas do jornalismo II



Celulose é a matéria prima para a fabricação de papel. E a celulose é retirada de alguns tipos arvores que são plantadas e cultivadas, consideradas ideais para fabricar papel. As toras de arvores depois de roladas, dilaceradas e modificadas, com água e alguns aditivos, são transformadas em extensas folhas de papel, em produção continua. Folhas tão extensas, que precisam ser enroladas, formando uma bobina, o seu processo de embalagem, o enrolar como movimento rotativo iniciado pelas toras das arvores. Enormes bobinas de papel são formadas com as extensas folhas em uma fabricação continua, durante o trabalho de processamento das fibras das arvores tornadas celulose, e depois papel, sempre em movimento continuo. 

E estes papéis em folhas extensas então são enrolados, embalados, medidos, pesados e identificados. Prontos para deixarem a fabrica, seguem então seus destinos para armazéns de estoques ou viagens. Rolando ou carregados por empilhadeiras, fazem embarques ou desembarques em transportes multimodais: marítimos, ferroviários ou rodoviários, estão sempre em movimento. A forma de embalagem ainda permite um rolar pelo chão, no piso dos armazéns.

Os rolos de papel jornal, com viagem marcada para destinos mais distantes, vão em movimento sobre carretas para um porto aguardar seus embarques em navios. Não podem esperar muito tempo expostos ao tempo, as intempéries que podem danificar a sua composição. Os papeis são extremamente sensíveis ás chuvas e correm riscos de modificar sua composição e resistência, com a presença da umidade. Uma carga cara e preciosa, que requer cuidados. Precisam ter uma resistência calculada para suportar maquinas velozes de impressão continua, maquinas rotativas que dão velocidade ao papel e a informação que vai circular impressa neles.

Não podem aguardar muito tempo à espera de um navio, possuem prioridade de embarque e desembarque, devido a sua sensibilidade e responsabilidade em levar noticias. Possuem incentivos fiscais para entrar em um país, e participar do sistema de informações. Seus embarques são programados de modo a ficar pouquíssimo tempo esperando expostos ao tempo. Embarcam em grandes navios com destinos a outras cidades e continentes. Enquanto uns volumes podem embarcar direto em porões, outros fazem uma viagem em containers. Tudo depende dos critérios e acordos entre: vendedores, compradores e transportadores, importadores e exportadores, despachantes e recebedores.

Chegando ao porto de destino, guindastes entram em movimento para retirar a carga do navio; guindastes do porto, ou guindaste do próprio navio. Alguns navios possuem um sistema denominado de ponte, com maior capacidade de movimentação da carga, no embarque ou desembarque ou mesmo dentro do próprio navio. Em navios maiores, com um modelo próprio de porão, uma quantidade maior de porões, e maior capacidade de carga, e amplo espaço no convés.  Um navio diferenciado, com sistemas especiais de acomodação de carga especiais. 

Carretas e caminhões com carrocerias abertas em prancha já aguardam junto ao navio, o inicio da descarga. Costumam chegar ao cais, antes do navio atracar. A prioridade do tempo é do navio e da carga. Um navio não espera, tem um cronograma a seguir, o mesmo deadline das noticias. Um navio tem materiais e mercadorias para descarregar e entregar aos seus clientes; e os jornalistas têm matérias e anúncios de mercadorias para entregar ao editor.

A prioridade do papel permite uma autorização, uma descarga direta, do navio aos armazéns de fornecedores, ou para os armazéns dos grandes jornais, os grandes consumidores de papel imprensa. E novos destinos são dados à carga de papel que desembarca.  Vão para armazéns e gráficas. O papel jornal não para de rodar, esta sempre em movimento, tal como as noticia a serem divulgadas no papel como suporte de mídia para informação.

Bobinas de papel produzidas em países frios embarcam em navios com porões frios, no momento do carregamento. Grandes carregamentos de papel jornal embarcam no Canadá. E os porões depois de fechados formam um isolante térmico com o meio exterior. Quando as bobinas ou rolos de papel desembarcam em portos de países mais quentes, surge ou não, o fenômeno denominado de condensação, quando gotículas de água aparecem sobre a embalagem, a embalagem parece “suar”, fato comum em descargas no Rio de Janeiro. Tudo depende de uma gradiente de temperatura, do embarque e do desembarque. A condensação é um risco a ser avaliado, com a possibilidade de ultrapassar a embalagem ou não. Mas a descarga não pode parar. Para apenas em situações de ameaças de chuvas, é melhor não correr o risco, tanto no porto quanto sobre carretas e caminhões, ainda que em pequenos espaços para movimentação da carga perecível. 

O papel é um produto sensível á água, que reduz seu tempo de vida. Uma molhadura ou um tombo atingindo seu conteúdo pode mudar os rumos determinados a uma bobina de papel. E o jornal impresso tem uma pequena validade, mesmo sem chuvas, sua validade é de no máximo um dia, já que depois, ao final do dia, outras e novas noticias já estarão prontas para serem impressas e publicadas, substituindo e alterando, modificando as anteriores.


RN 14/05/15
Roberto Cardoso
Dsenvolvedor de Komunicologia
Jornalista Cientifico – UFRN-FAPERN-CNPq
Membro do IHGRN - Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
Membro do INRG – Instituto Norte-rio-grandense de Genealogia


Paradigmas do jornalismo I

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Paradigmas do jornalismo II

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