quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Salto de onça

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Salto de onça
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Com as estratégias de uma onça ela viajou para o interior, para ensinar ao povo, a dar um salto. Um salto de informação e conhecimento. Com uma coragem maior que o medo, e uma força tão grande quanto a sua a fé, ela vinha se preparando para dar o próprio salto. Começou com um objetivo. Passou por duas universidades de destaque na capital; uma particular e a outra federal. E durante os jogos universitários fazia corridas de revezamento. Como professora universitária, passa o canudo para outras mãos como símbolo do conhecimento.

Praticou aulas de voz com grupos de teatro e cantores. Construiu a sua própria teoria e prática dos usos e abusos, com as necessidades pessoais de uma fonoaudiologia. Precisava chegar nos limites das necessidades de audição e de uso da voz, para então conhecer as particularidades de um paciente. Seus passos silenciosos de onça, permitiram uma observação do que acontece à sua volta; investigou detalhes do camarim ao palco, ensaios e apresentações, distinguindo fisionomias ocultas entre a folhagem, e espectadores na plateia. Aprendeu a se disfarçar, se ocultando entre as folhas de livros e artigos científicos, permitindo a chegar em uma pós graduação. Construiu uma pedagogia exercitando a performance da linguagem oral e expressiva, podendo fazer uma associação aos distúrbios de aprendizagem, na fase escolar.

Com o conhecimento na mente e na mochila, cabeça e costas com conhecimentos e problemas, era a hora de socializar tudo que havia aprendido. Levar informação e conhecimento aos estudantes e moradores do interior do estado. Escolheu um local referenciado por uma onça, o local ideal para um salto, e agora mais preparada.

Viajou para o interior do estado potiguar. Saltou sobre uma pedra rachada, a pedra fundamental, unindo suas duas partes, então ainda separadas, de informação e conhecimento. E assim ela reescreve a história de Santo Antônio, a do salto da onça no interior do Rio Grande do Norte.

Na capital, agora desenvolve ações e conhecimentos, voltados aos fissurados, aqueles que possuem uma anomalia de formação, causando dificuldades e prejuízos na voz e na audição. E ela como fonoaudióloga tem muito a colaborar com sua profissão e atividade multidisciplinar. Pode usar sua posição estratégica dentro de universidades, construindo um conhecimento, com profissionais de diversas especialidades.

RN, 28/09/2016
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Roberto Cardoso (Maracajá)
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